quarta-feira, 3 de maio de 2017

Entre Mirandela e Valpaços

A igreja gótica de Lilela.

O planeado (e executado) era uma ligação entre Mirandela e Valpaços (incluindo o respetivo regresso) em BTT. Quando disso informei um conhecido transmontano imediatamente me disse que isso seria "rolar no planalto". Confesso que desconfiei. O tracklog que dispunha, baseado num obtido em website de referência na Internet, apontava para uma altimetria vigorosa. De tal modo que tive que escolher criteriosamente a rota de ida e a de regresso que eram comuns mas divergiam no seu miolo.

No terreno, embora não me tivesse deparado com serranias assinaláveis, a sucessão de vales e montes foi impelindo a contagem ascensional, de tal modo que, no final, para uma distância de 55 kms. de extensão se registassem uns impressivos 1.400 m. de A+.

O percurso foi muito interessante para mais num dia talhado para pedalar: temperatura amena, sol encoberto por nuvens altas e permitindo manter a luminosidade sem o castigo dos raios solares e ausência de vento. A juntar a tudo isto o lilás da alfazema e o amarelo da floração dos giestais, alternando com os campos de cultivo de vinha ou amêndoa, completaram a matiz sensorial perfeita

Em Valpaços a merenda ao jeito de almoço ciclístico pelas 12.00: uma sopa de antologia e uma bifana imaculada a reporem energias sem fazerem pesar o regresso. De resto uma sucessão de aldeias bucólicas e de igrejas de antanho mas bem conservadas. A tranquilidade dava pelos nomes de Eivados, Lilela, Póvoa de Lila ou Rio Torto.

Intensa satisfação no final sem um desgaste intenso. Fortemente aconselhável.


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